Deyse conquistou ainda a oportunidade de ser monitora durante o evento. “É um momento marcante pra mim, porque trabalho com o que gosto e isso contribui para aperfeiçoar meus estudos na área. O melhor de tudo é que vou ter a chance de conhecer profissionais do Brasil e de outros países”, afirma Deyse.
A jovem que participa de projetos como o SAMU nas escolas, afirma que essa área carece da atenção e cuidado, pois são indivíduos em estado de vulnerabilidade social. “Os idosos são fundamentais na sociedade; eles são a cultura viva e são ‘obras prontas’, em termos filosóficos, de um ser humano”, destaca. Deyse conta que durante as visitas nas Instituições de Longa Permanência (ILP) constatou as concepções e percepções de mundo por meio das conversas com vários idosos dessas ILP’s.
A partir dessa perspectiva, profissionais da área de Gerontologia e Geriatria se reúnem, anualmente, com a missão de desenvolver práticas inovadoras que atendam às necessidades dos idosos. O espaço serve para atualização, discussão e troca de experiências entre especialistas da área.
Deyse teve três trabalhos como autora e outros três como coautora.
Os trabalhos autorais aprovados foram:
• Importância da realização das práticas de anamnese e exame físico para o cuidado do enfermeiro ao paciente idoso em instituição de longa permanência: Um relato de experiência;
• Atuação dos acadêmicos de enfermagem com atividades de educação em saúde em idosos institucionalizados: um relato de experiência;
• A relevância da implementação da sistematização da assistência de enfermagem acerca da depressão em paciente idoso institucionalizado: um relato de experiência.
Coautoria:
• Atuação do projeto gerontoação em um abrigo de idosos no município de Maceió: relato de experiência;
• Contribuições das atividades práticas em ILP’S na formação acadêmica em saúde: relato de experiência;
• Estratégias lúdicas na assistência de enfermagem ao idoso institucionalizado: relato de experiência.
Cenário dos idosos no Brasil
Em meio a países em pleno desenvolvimento, o Brasil caminha para se tornar um país de idosos. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), existem mais de 21 milhões de idosos com mais 60 anos, destes, 3 milhões maiores de 80 anos. A expectativa é que em 2030, eles representarão 18,7% da população brasileira.
O país caiu 27 posições e ocupa hoje a 58a no ranking mundial de bem-estar dos idosos. Os números mostram que existe uma carência de profissionais na atuação com o cuidado e desenvolvimento humano e entre as principais queixas estão a segurança física, relacionamentos sociais, liberdades cívicas e acesso ao transporte público.
O aumento da expectativa de vida traz consigo o crescimento dos casos de doenças crônico-degenerativas, com risco elevado de complicações e dependência, causando impacto econômico e social.