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Símbolo da Medicina: conheça a origem e o significado

O ícone que hoje representa a Medicina é constituído por uma serpente enrolada em um bastão de madeira. Descubra mais sobre a origem e o significado!

às 19h06
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Você provavelmente já associou o símbolo de uma balança à área do Direito ou até mesmo o ícone de uma engrenagem ao ramo da Engenharia, certo? Esses são apenas alguns exemplos de associações comumente estabelecidas pela população. Isso acontece pois, ao longo da história, tornou-se comum a criação de símbolos para representar profissões.

Com a Medicina não aconteceu de forma diferente. O ícone que hoje representa a área é constituído por uma serpente enrolada em um bastão de madeira.

É comum que surjam dúvidas a respeito do significado dessa composição, afinal, inicialmente pode ser difícil encontrar alguma conexão entre os elementos do símbolo e a área médica, não é mesmo? Mas não se engane: cada item possui um significado que se relaciona estreitamente com ela.

Acompanhe a leitura e descubra mais sobre a origem e o significado do símbolo da Medicina!

A história por trás do símbolo

A história por trás do símbolo da Medicina tem suas raízes em um personagem da mitologia grega nomeado Asclépio (ou Esculápio, de acordo com a mitologia greco-romana). Segundo a lenda contada por Hesíodo (um poeta da antiguidade), o menino era filho do deus do sol e da cura, Apolo, e de uma ninfa, Coronis. Após ser arrancado do ventre de sua mãe – que havia sido morta, foi acolhido e criado por um centauro, Quíron.

Quíron, por sua vez, era conhecido por seu altruísmo, sua sabedoria e suas habilidades médicas. Seus conhecimentos na área foram transmitidos a Asclépio quando esse ainda era uma criança.

Com o tempo, o menino passou a atender os doentes que chegavam à procura de seu tutor, usando, para isso, plantas medicinais. Não demorou muito para que os seus saberes ultrapassassem os de seu mestre. O aprendiz conseguiu, inclusive, superar os limites da Medicina por meio de um feito inédito: ele ressuscitava os mortos.

A aptidão incomum do homem desagradou a alguns deuses. Insatisfeito, Zeus lançou um raio sobre ele, matando-o. Depois de sua morte, Asclépio foi intitulado como Deus da Medicina para a cultura greco-romana. Anteriormente, era conhecido por usar um cajado.

Em uma das suas visitas aos templos, uma serpente se enroscou no objeto e, mesmo após as tentativas de retirá-la, continuou presa a ele. O homem optou, então, por transportá-la consigo. O símbolo do réptil com o bastão ficou conhecido como o de Asclépio.

O que cada elemento simboliza?

Além da história por trás do símbolo de Asclépio como um todo, há também um significado específico para os elementos que compõem a marca da Medicina. Pensando na cobra, pode-se apontar uma dualidade em seu mecanismo de defesa, o veneno: ainda que ele simbolize males, também representa a cura, já que é usado para a produção de antígenos. Na Medicina, esse dualismo corresponde, então, à saúde e à doença.

O processo de troca de pele pelo qual o réptil passa também tem relação com a Medicina: simboliza a renovação e a atualização, aspectos fundamentais na área médica, uma vez que os profissionais que a escolhem precisam se manter informados sobre as inovações capazes de promover o bem da população.

Não para por aí: em várias culturas, o animal mencionado representa a sabedoria e os conhecimentos científicos, tópicos que se relacionam estreitamente com a área da saúde e as pesquisas relacionadas à ela.

No bastão de madeira, é possível identificar outra alegoria à Medicina. O objeto representa a árvore da vida, que simboliza o ciclo da vida e da morte, etapas da trajetória humana amplamente tratadas pela área da saúde. Além disso, para algumas culturas, andar com um bastão representa sabedoria, conceito que também tem a ver com o ramo médico.

Unindo os significados dos elementos mencionados – a cobra e o bastão – entende-se a Medicina como uma área marcada por ciclos e renascimentos, permeada também por dualidades.

Curiosidades sobre a representação da Medicina

Uma curiosidade interessante relacionada às simbologias da Medicina consiste no fato de que a cor usada para representá-la é o verde. Essa relação é estabelecida desde a Idade Média e está ligada ao fato de que a coloração simboliza a esperança, ideia diretamente ligada à área.

Hoje em dia, o tom é usado na maior parte das decorações de festas de formatura da área, por exemplo. Outro fato curioso diz respeito a um equívoco que ocorre com frequência em relação ao símbolo oficial do ramo médica.

O símbolo da Medicina – reproduzido, inclusive, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – é comumente confundido com o ícone que representa as Ciências Contábeis e o Comércio, o Caduceu de Hermes. Esse último se distingue do Bastão de Asclépio em alguns pontos: nele, há duas serpentes enroladas (e não uma) em um bastão de ouro. Há, ainda, asas na ponta da estrutura. Atente-se a esses detalhes, pois as áreas são opostas: os princípios da Medicina defendem que ela não deve ser exercida como comércio.

Em meados do século XX, o exército norte-americano solicitou a mudança do símbolo e da cor que representavam a Medicina. A alteração propunha que a área fosse simbolizada pelo Caduceu de Hermes e pela cor Marrom. Essas modificações, porém, ocorrem apenas nos departamentos médicos dos Estados Unidos.

*Blog Afya

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