A Semana Nacional da Conciliação terminou, em Maceió e Arapiraca, com índice de acordo de 57,42%. Das 559 audiências realizadas, houve consenso em 321. A força-tarefa ocorreu entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro, na modalidade virtual, tendo em vista a pandemia da Covid-19.
Em Maceió, a Semana Nacional da Conciliação teve o apoio do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL), por meio do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ). Dos 202 processos pautados, foram aproximadamente 153 audiências realizadas efetivamente por alunos do curso de Direito da Unit Alagoas, supervisionados pelos professores orientadores do NPJ.
“A participação dos alunos promove a cultura da paz e o fomento da resolução consensual dos conflitos entre os futuros operadores do Direito”, destacou a coordenadora do NPJ, Rita Régis.
A estudante do 7º período do curso de Direito, Juliana Barros, contou um pouco de sua participação durante a Semana da Conciliação, e como agregou conhecimentos para sua futura profissão. “A semana de conciliação e mediação foi um marco para mim como pessoa e também como acadêmica de direito. Pude ver na prática, tudo que nos é passado em sala de aula, pela incrível professora Rita Regis, a qual admiro seu profissionalismo e coerência. Como aluna do Centro Universitário Tiradentes, sinto-me honrada em fazer parte de uma instituição que busca sempre parcerias que agreguem todo o corpo estudantil, e a semana de mediação e conciliação, foi, juntamente com o Núcleo de Práticas Jurídicas, uma experiência incrível, onde pude presenciar a lide – o conflito, sendo mediado e conciliado. Tenho certeza que cada aluno que participou levará consigo uma experiência marcante, que os tornarão brilhantes operadores do direito, de forma humana, justa e coerente”, explicou.
Outra experiência significativa para sua formação, foi a do estudante Thiago. “A Semana Nacional de Conciliação pudemos colocar em prática nossas aptidões para a nossa formação profissional, e ter uma experiência de acordo com o que vivenciamos, tendo uma prática como co-assistente de conciliação, de como é feito a ação, de como realizar resoluções de acordo. Além disso, foi também um passo inovador, porque este ano, passou a ser de forma remota, e nisso, podemos ter a certeza de que foi um impulsionamento muito importante para os processos que estão em andamento, seja por resoluções de família ou outras situações”, disse.
Conciliação virtual
Para o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Tutmés Airan, o índice de acordos foi significativo. “A política da conciliação é transformadora e veio para ficar. São agora menos processos na prateleira virtual do Judiciário”, afirmou.
As audiências envolveram demandas diversas, como cobranças de impostos e taxas, indenizações e conflitos na área de família. Por conta da pandemia, a força-tarefa foi toda realizada de forma virtual. “Dessa maneira é mais difícil haver acordo, as partes têm um contato menos profundo e estão mais distantes. Mesmo assim o resultado foi bom. O Nupemec está satisfeito”, destacou o juiz.
Dados por Dicom TJAL