O evento é dividido em três eixos, sendo eles: Mobilidade, Direito à Cidade e Resiliência Urbana. Nessa quarta (16), aconteceram palestras e bate-papos em relação ao primeiro tema.
Com uma mesa redonda composta por Daniel Moura que é arquiteto e urbanista, Jéssica Lima que é engenheira civil e com o pernambucano Djair Falcão que também é engenheiro, o público pôde adquirir mais conhecimentos sobre os deslocamentos do dia a dia em relação às condições espaciais, as distâncias que afetam a população, o sistema viário e como isso reflete na qualidade de vida da população.
Para a professora Jéssica Lima, que foi uma das palestrantes do eixo de mobilidade, as pessoas não precisam de mais espaços, mas é preciso ter menos carros para ter mais espaço. “Tiramos os carros e ganhamos mais praças, mais espaços para áreas de lazer. Então tudo é função da demanda de transporte. O transporte serve para dar destino as pessoas. Então se uma pessoa tem educação de qualidade e não tem um transporte eficiente, ela não terá educação de qualidade”, afirmou.
O primeiro dia do Encontro de Urbanistas ainda contou com três oficinas: Pesquisa calçados Brasil em Maceió, realizada pelo Portal Mobilize Brasil; A cidade dos invísiveis para dignidade dos moradores de rua em Maceió, feito pela arquiteta Maria Carolina Tenório; e Projeto parque Capibaribe, produzido pelo INCIT de Pernambuco.
Na primeira, os ouvintes conheceram, a apartir da avaliação de caminhabilidade, a acessibilidade das calçadas de Maceió, que ocupa a posição 21º no ranking nacional ao obter uma nota média de 5,04. Segundo o coordenador do levantamento na cidade, Willian Félix, todas as capitais do Brasil seguiram médias próximas e abaixo do aceitável.
“O que realmente é importante tirar das avaliações são as médias gerais. Maceió ficou com 5,04 e é um número que se observa também na maioria das calçadas das capitais brasileiras. A pesar dos últimos anos muito já se tenha sido discutido sobre isso, a gente continua esquecendo o tratamento da calçada e do pedestre”, frisou.
Em seguida, a arquiteta Maria Carolina abordou a situação em que vivem os moradores de rua, que precisam lidar todos os dias com banco com divisórias, objetivos pontiagudos, pisos, grades pedras em viadutos e até cactos. Dessa forma, no momento, ela levantou a opção de criar o “estacionamento acolher” e o “carrinho camarada” para melhorar a vida do morador.
Para concluir, a também arquiteta Raquel Menezes explicou sobre a situação do rio Capibaribe, que leva o mesmo nome do projeto. “A ideia da ação é tentar extrair dos territórios as diretrizes e buscar mais. O projeto começou em 2013 e faz parte do Recife 2037, que o objetivo ter Recife como uma cidade Parque”, disse.
EVENTO
Nome: I Encontro de Pensadores Urbanos de Alagoas (EPU/AL).
Data: 16, 17 E 18 de outubro.
Hora: das 9h até às 21h.
Local: Centro Universitário Tiradentes (UNIT).
Preço: gratuito.
Maiores informações: @epu.al (instagram).
Créditos: Lays Peixoto