Provocadas pela mediadora, as participantes da mesa falaram sobre o poder dado ao consumidor por meio das redes sociais, já que hoje eles não ficam mais sem respostas. Os usuários destas plataformas cobram rapidamente um posicionamento das empresas a respeito de algum ocorrido.
Por outro lado, as convidadas observam que existe nas redes sociais quem reclame de algum produto ou serviços com intuito da ampliação de sua imagem, como pelo status que o produto lhe traz, ou apenas pelo prazer em causar alvoroço nas redes sociais.
Aline Angeli citou o exemplo do cinema do Parque Shopping, na ocasião em que um parafuso da máquina de pipocas acabou soltando e indo no pacote de uma cliente. Quando encontrou o parafuso a consumidora não chamou algum responsável para falar sobre aquilo, mas tirou foto e postou. O cinema acabou sabendo do ocorrido pelas redes sociais. Para Aline isso é algo simples, que poderia ter sido resolvido chamando o gerente para relatar o que houve, mas foi substituído pelo post na internet.
Gerenciamento de crise
Uma crise em rede social pode viralizar muito rápido. Quando isso acontece, é preciso ter alguns cuidados. “Ficar calmo, acalmar o cliente, jamais bater boca com consumidor e sim dar um posicionamento, e montar a melhor estratégia para resolver o problema”, explicou Aline Angeli.
“Uma dica importante num momento de crise é comunicar com a linguagem da internet. Não adianta postar em uma rede social um release que seria enviado à imprensa. Os internautas não se alimentam desse tipo de linguagem”, pontuou Marina Souza.
Outro fato que pode acontecer é o assessorado entrar em desespero no momento da crise e querer cobrar da assessoria uma resposta imediata e sem planejamento. Ou em alguns casos optar por recorrer ao comercial para fazer acordos com os veículos de comunicação para que não publiquem a notícia que prejudicará a imagem da empresa.
Texto Breno Leal
Fotografia Yuri Cedrim