Depois conhecer as dependências do Batalhão Hermes Ernesto da Fonseca, localizado no bairro da Pitanguinha, os estudantes puderam conversar com os militares para a produção de texto jornalístico apresentado ao fim do curso. Além disso, durante o estágio, os futuros jornalistas sentiram na pele os desafios enfrentados pelos militares durante o combate. Também passaram por oficinas de primeiros socorros, apronto operacional, tiro real, utilização de óculos de visão noturna e orientação noturna com bússola.
Entre os participantes do Unit AL, um já conhece a realidade do batalhão. O estudante do 5° período de Jornalismo, Silas Emanuel, é Cabo do Exército Brasileiro. “O curso foi de suma importância, pois ensinou o profissional do jornalismo como se comportar e agir em uma situação de estresse, em um ambiente de conflito. Onde tem troca de tiros e pondo em risco tanto a vida dele, como correspondente, quanto do militar. Deixar o militar fazer o trabalho dele, sem interferir, e colher o seu conteúdo de forma segura”.
O que foi visto durante os três dias foi um clima amigável entre os estudantes e oficiais do batalhão, independente da patente. No segundo dia, os estudantes pernoitaram no batalhão, montando seus acampamentos, fazendo suas fogueiras e comendo no estilo militar. Dividido em duplas, cada uma recebeu um pacote com ração operacional utilizados pelos militares durante as missões.
Outra participante, mas que não conhecia o batalhão, foi a estudante do 7° período, Dayris Carvalho. “O Estágio foi incrível. Totalmente diferente do que imaginei que seria, havia sempre uma surpresa, um desafio. Foi importante para mudar a opinião sobre o Exército Brasileiro e ampliar os horizontes da profissão. O estágio além de me capacitar, mudou a minha ideia da segurança do Estado e me fez entendê-los um pouco mais. Mudou minha relação com armas e com trabalho em grupo. E, também, ajudou a decidir o tema do TCC”, celebrou Carvalho, que, se houver a oportunidade, trabalhará na área.
Também participaram os estudantes, Lucas de França, José Arnaldo, Ronyery Macedo e Thamires Martins. Para Ronyery, no estágio ela pode perceber a importância acerca do servir dos militares, que durante a simulação tiveram sempre o cuidado de proteger os correspondentes, além de proteger suas vidas e cumprir a missão.
Missão cumprida
O curso foi coordenado pelo capitão do Exército Brasileiro, Guilherme Brasil (Capitão Brasil) que gostou do empenho dos estagiários e percebeu que a missão do curso foi cumprida. “O nosso propósito era pegar um estrato do universo da comunicação social em Alagoas. Fomos nas universidades e abrimos as inscrições para o estágio. E nossa missão foi cumprida. Conseguimos ter um grupo heterogêneo, com pessoas de todas as características e conseguimos torná-lo de forma homogênea, a partir das instruções e missões”.
Para Brasil, o curso teve várias finalidades, mas duas delas foram primordiais. Primeiro capacitar os profissionais para atuarem na cobertura jornalística em zonas de risco, locais inóspitos, garantindo a sua segurança e podendo levar a informação ao público. E, também, promover a interação entre o batalhão e os profissionais da comunicação social, que vem aqui, observa as atividades e vai relatar para os universitários, familiares e sociedade como um todo.
Ao fim do ECAM, os estagiários participaram de uma formatura com horarias militares, apresentação das tropas, hasteamento da bandeira, canções e hinos militares e receberam o certificado de conclusão de curso das mãos do comandante do 59° BI Mtz o Tenente-Coronel Cláudio Gadelha Fernandes, que conversou com os jovens durantes as refeições e participou de algumas das atividades.
Por José Arnaldo