O Centro Universitário Tiradentes – Unit Alagoas, através da coordenação de Psicologia, promoveu nesta terça-feira (10), uma roda de conversa sobre a reforma psiquiátrica e políticas públicas em saúde mental.
O evento aconteceu no Campus Amélia Maria Uchôa, e contou com a participação das Psicólogas da Secretaria de Estado de Saúde – Sesau e egressas da Unit/AL, Clara Amaral e Maíra Freire.
Karoline Helcias, coordenadora operacional dos cursos de Psicologia, Biomedicina e Fisioterapia, destaca que este é o primeiro evento do curso após o período de pandemia e que vem para movimentar o curso e manter os estudantes atualizados e participativos das atividades.
A coordenadora pedagógica do curso, Talita Carla de Lima, reforçou a importância de eventos e trocas como essa na formação profissional.
“O curso de Psicologia não se faz apenas na sala, e sim com trocas. E o mês de maio é muito importante para o curso de Psicologia em todo país, pois faz alusão a luta manicomial. Então, muitos alunos aqui ainda não entraram nesse assunto e hoje, vocês terão a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o tema, e ainda entender a funcionalidade da rede de saúde mental aqui em Alagoas”, finalizou.
A Psicóloga Clara Amaral comentou sobre a reforma psiquiátrica. “Sempre falamos muito em como a reforma psiquiátrica ainda não acabou, ainda estamos nesse processo de entender uma forma melhor de tratar e assistir toda a população em sofrimento psiquico”.
As psicólogas palestrantes falaram ainda sobre as políticas públicas realizadas no estado de Alagoas para saúde mental.
A luta antimanicomial no Brasil
Caracterizada pela luta do direito das pessoas com sofrimento mental, o dia 18 de maio relembra a importância do movimento da reforma psiquiátrica no Brasil, que começou ainda no final da década de 70.
E a principal pauta dessa luta é a de que todo cidadão tem o direito fundamental à liberdade e viver em sociedade, além claro, de receber cuidados e tratamentos adequados.
A Reforma Psiquiátrica pretende construir um novo estatuto social para o indivíduo em sofrimento psíquico, que lhe garanta cidadania, o respeito a seus direitos e sua individualidade, promovendo sua contratualidade (resgate da capacidade do indivíduo de participar do universo das trocas sociais, de bens, palavras e afetos) e sua cidadania, inclusos aí não só seus direitos como seus deveres como cidadão.