De acordo com a professora Daniela Peroba, da disciplina Cultura e Desenvolvimento, o objetivo é elaborar um projeto de resgate à cultura de Alagoas como forma de valorizar a riqueza artística do Estado.
“Os estudantes escolheram grupos que representassem a identidade regional baseado na questão ‘Por que a cultura em Alagoas não é desenvolvida e divulgada dentro das escolas e faculdades?’ e a partir dessa problemática traçar o perfil cultural de Alagoas”, afirma.
A proposta é fazer o projeto tramitar por ONG’s, instituições de ensino e pelo próprio Governo de Alagoas a fim de que haja maior visibilidade da cultura alagoana. “Independente das formas culturais, o importante é dinamizar e mostrar à sociedade que dá pra ter uma visão empreendedora das atividades realizadas por esses artistas para que isso não acabe morrendo”, destaca Daniela.
A primeira apresentação foi do cordelista Jorge Calheiros. Há 25 anos ele escreve e declama cordéis, e já possui 64 edições. Gênero literário popular, também conhecido no Brasil como folheto, os cordéis são frequentemente escritos em rimas e possuem forte vínculo com a oralidade. Segundo Jorge, a tendência de não ler ou escrever bem prejudicou a produção literária, sobretudo a de cordéis que necessita de uma métrica específica. O literato declamou e mostrou como esse tipo de obra pode virar música se tiver uma métrica correta.
O projeto contou com a apresentação de coco de roda, capoeira, chegança, literatura de cordel, peça teatral e grupo de gestos.