Sem acesso ou contato prévio com os ‘clientes’, os alunos mergulharam em um período intenso de pesquisa para coletar e compreender as perspectivas e interesses de cada personagem. Agora inseridos no ambiente das personalidades, estava na hora de colocar em ação os conteúdos e técnicas repassadas durante as disciplinas de Práticas de Pesquisa na Área de Design e Projeto de Ambientação I.
Com o desafio de captar o conceito e características do cantor alagoano Djavan, a aluna Kamilla Mariah Silva se inspirou, ao lado das parceiras de grupo Adriana Campos e Michelle Branco, nas canções do compositor como instrumento para a conceituação do projeto. Para isso, utilizou-se da correlação de deserto-tristeza e oceano-felicidade, tratada metaforicamente na obra “Oceano”, e pouco a pouco deram forma a cadeira personalizada.
“Ao levar em conta todas estas pesquisas e tendências, optamos por nos apropriar de um conceito em que as cores terrosas, que representam a tristeza, ‘evoluam’ gradativamente por meio do dégradé até alcançarem a felicidade, representadas pela paleta azul e verde no assento. Com isso, queríamos dar o efeito de conforto e estabilidade. Foi uma experiência bem diferente desde o processo criativo à execução”, explicita Kamilla Mariah Silva.
Já o estilo rústico do artista, sempre ligado à natureza foi o grande estímulo para as alunas de Design Wanessa Barbosa e Syrlyane de Macedo. A escolha dos materiais foi um dos principais desafios durante o processo criativo, mas o gosto incomum de Djavan foi o grande diferencial para o desenvolvimento do projeto. Para refletir a tranquilidade do cantor, as estudantes se apropriaram de três elementos: humanização com betume, fita Kraft em tons terrosos e o verde simbolizando a natureza.
“Apesar da tremenda responsabilidade de representar um grande artista da música brasileira, trabalhar neste projeto e produzir uma cadeira foi um desfio maravilhoso. Entramos de cabeça na história de vida do Djavan e descobrimos uma personalidade totalmente diferente do que imaginávamos. Aos poucos, nos identificamos com sua forma de levar a vida e isso facilitou muito o surgimento de ideias”, ressalta Wanessa Barbosa.