Há sete anos assinando dois blogs musicais alagoanos (Clube do Vinil e Alagoas Musical), Dimas iniciou o papo com um histórico dos gêneros musicais dominantes nas décadas de 1960 e 1970. Depois, ele lembrou que o sertanejo e o funk também já tiveram seu momento em meados dos anos 1990 e 2000 e que Alagoas acompanhou todos esses momentos. “Nas novelas e nos programas de TV, hoje só têm funk e sertanejo. O rock vem perdendo seu espaço cada vez mais’’, comentou ele.
Jornalista, crítico musical e programador da rádio Educativa, Mácleim explicou que a Tropicália começou como música e movimento contestatório. Por outro lado, ele afirmou que a ocupação do sertanejo e do funk nas rádios, tvs e palcos começou com o “jabá” – termo utilizado para denominar uma espécie de suborno, em que gravadoras pagam para execução da música.
“O evento me proporcionou uma oportunidade única de estar em contato com futuros colegas, futuros profissionais ávidos pelo exercício democrático da troca de informações. Foi uma noite muito enriquecedora para mim”, declarou Mácleim. Já o historiador Dimas confessou que o espaço de discussão “foi uma ótima experiência, principalmente pela plateia participativa”.
O público participou ativamente durante todo o evento, debatendo e questionando os convidados a respeito do tema. ‘’Eu gostei da proposta da mesa-redonda. Penso que é interessante e importante o debate para quebrarmos algumas barreiras e preconceitos sobre o cenário musical”, disse a estudante de Jornalismo da Unit, Letícia Santana.
Café Intercom – O evento é uma promoção da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – Intercom. Em Maceió, é idealizado pela professora e pesquisadora Danielle Cândido e organizado por alunos dos cursos de Comunicação Social do Centro Universitário Tiradentes – Unit. A proposta do Café é servir como um espaço de encontros para refletir, criticamente, sobre temas atuais da Comunicação e estimular a leitura crítica sobre os mais variados assuntos da área.